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28 de fevereiro de 2011

O Evangelho inverte os valores do mundo



O ideal cristão mudou e inverteu tudo, de forma que, como é dito no evangelho: "Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos olhos de Deus". O ideal já não é a grandeza de um faraó ou de um imperador romano, nem a beleza de um grego ou a riqueza da Fenícia, mas a humildade, a pureza, a compaixão e o amor. O herói não é o rico, mas o mendigo Lázaro; não Maria Madalena em seus dias de beleza, mas no dia de seu arrependimento; não os que adquirem riquezas, mas os que as abandonam; não os que moram em palácios, mas os que vivem em catacumbas e cabanas; não os que dominam sobre os outros, mas os que não admitem nenhuma autoridade além da de Deus.

Leon Tolstói
Fonte: Cinco Solas


24 de fevereiro de 2011

Será que as palavras que usamos no louvor e na oração realmente importam?

“Músicas de louvor” não são apenas “expressões de nossos corações para Deus”, são o molde daquilo que acreditamos sobre Deus. Nos primeiros 1600 anos, aproximadamente, poucas pessoas se aventuravam em escrever “suas próprias músicas” para o louvor congregacional. As primeiras orações e músicas da igreja eram Salmos (orações que eles haviam aprendido quando crianças judias) que falavam de Cristo. Por volta do final do século primeiro, vemos o surgimento de alguns credos surgirem, dos quais a maioria refletiam as palavras das cartas de Paulo. Mais tarde, quando mais músicas e liturgias surgiram, elas eram cuidadosamente trabalhadas por teólogos como João Crisóstomo, no século IV (cujas liturgias ainda são usadas pela Igreja Ortodoxa), e muito mais tarde, Lutero, no século XVI. Por muitos séculos após a Reforma, as músicas usadas para o louvor público tinham suas letras retiradas diretamente da Escritura. Hoje, somos mais tranqüilos com isso. Nós sentamos – e eu digo “nós” porque também sou culpado – e tentamos escrever músicas baseadas no que está em nosso coração, no que queremos dizer, no que a minha igreja quer cantar… o que, em geral, não tem problema, se tudo isso é submetido à questão principal – “O que é verdade a respeito de Deus?” – mas mesmo quando não é o caso, algumas pessoas insistem…

1 – “É o que está no coração que importa”

Diga isso para Nadabe e Abiú – você sabe, aqueles caras que ofereceram “fogo estranho” e foram fulminados em Números 3. Ou Uzá, o cara que caiu morto por apoiar a Arca, que estava caindo da carroça em que ela nunca deveria ter entrado, porque Davi não “buscou ao Senhor da forma correta.” Quando foi que chegamos à conclusão que Deus não se importa com a forma com que adoramos? Ou tudo que importa é o coração? E o que só confunde mais ainda a questão é a noção do que “coração” significa. Fomos moldados pela Era Romântica de tal forma que quando ouvimos “coração”, pensamos em “intenção” ou “desejo”. Mas nas Escrituras, o “coração” é o lugar da vontade. É de onde vem as ações. Mas a questão mais importante é: Você tem certeza de que as suas palavras e o seu coração são coisas separadas? Você é capaz de cantar palavras “ruins” mas tem um “bom” coração? Jesus pareceu deixar muito claro que nossas palavras sempre falam do que está no coração. Talvez nossas palavras no louvor revelem o que nós realmente acreditamos sobre Deus nos nossos corações. Esse é o alvo de toda aquela coisa de Lex Orandi, Lex Credendi, Lex Vivendi. É a convicção de que a forma como acreditamos é a forma como vivemos. Não é só uma frase antiga em latim. Será que é coincidência que, junto do crescimento das “músicas de louvor popular”, vazias de significado e afastadas do conteúdo dos Credos e das Confissões históricas da igreja, também tenha surgido uma nova “religião”, conhecida como Deísmo Moralista Terapêutico, que muitos pensam ser uma forma de “Cristianismo”? Será que nossos louvores e orações se tornaram tão genéricas que a maior parte do que cantamos pode ser facilmente cantado para Simba, o Rei Leão, ou, melhor ainda, a ‘Deusa’ Oprah?

A Bíblia também nos fala que nosso coração é desesperadamente mau. As Escrituras e os Credos e as Confissões históricas da igreja (que foram baseadas nas Escrituras, ou a base para a seleção do Canon da Escritura) são como aquelas hastes de metal fincadas ao lado de uma árvore em crescimento. Sem elas, nosso louvor fica torto.

2 – “O que realmente precisamos é que o Espírito aja”.

Quero perguntar imediatamente: “qual Espírito?” e “como você sabe que é Ele?”. O que essa afirmação pode revelar é uma fixação com alguma experiência. Mas os Cristãos não se reúnem para “experimentar Deus”, como se fossem algum tipo de seita. Nos reunimos para prestar atenção em Deus – Sua presença nos sacramentos, Sua voz nas Escrituras, Seu Espírito em Seu povo – e prestar atenção uns nos outros - nossos companheiros no caminho da cruz. Dizer que é tudo para Deus “mover” em um culto é deixar que no ar uma experiência subjetiva se Ele “moveu” ou não. Se não tomarmos cuidado, podemos pensar que, desde que tenhamos dançado/chorado/gritado/nos movido/etc, não importa se o que foi dito ou cantado foi de fato a verdade sobre o Pai, o Filho e o Espírito. Fazer isso é deixar que a experiência defina a verdade, ao invés de deixar que a verdade defina a experiência. É uma afirmação bizarra: “Eu sinto, logo, é verdade”. Ninguém falaria isso de verdade, mas as nossas ações talvez indiquem que estamos mais preocupados com “como é experimentar Deus” do que com “quem é o Deus da experiência”. Perdoe-me por ser um pouco duro, mas é como dizer “desde que o sexo seja bom, não me importo com quem seja”. E, de fato, esse parece ser o lema da nossa cultura. Mas se queremos ser a Noiva de Cristo, e não a Prostituta da Babilônia, não podemos qualificar um culto cheio de teologia barata por quanto ele nos fez sentir bem. Nosso louvor deve começar com a pergunta “O que é verdadeiro sobre Deus?”, não “O que eu quero/preciso/espero sentir?”

Ah, e falando nisso, todas as vezes em que o Povo de Deus se reúne em nome de Cristo, o Espírito de Deus está lá. Vocês são o Templo do Espírito Santo. Ele está presente quando nos reunimos. A prática de nos reunirmos semanalmente para adorar é para aprender a prestar mais atenção no Pai, no Filho e no Espírito Santo, não para ter uma experiência coletiva.

3 – “Precisamos ser livres para nos expressarmos de nossa própria forma”

Resistindo à necessidade de me referir novamente a Nadabe e Abiú, vou dizer, ao invés disso, que você é livre para fazer um monte de coisas. Você é livre para adorar um falso deus, se quiser. Você é livre, como Adão e Eva eram, para tentar ser como um deus, ao invés de ser um refletor da Imagem de Deus.

“Liberdade” é outra palavra complicada, deturpada pela Era Romântica e pela Revolução Americana. “Liberdade”, no sentido mais americano, é bem diferente na “Liberdade em Cristo”. Jesus não morreu para nos dar liberdade de expressão; Ele morreu para nos libertar do jugo do pecado e da morte que agia sobre nós. Nossa cultura tem idolatrado a autonomia e chamado isso de “liberdade”. Nós gostamos de inovações e não de imitações porque inovação é uma expressão de independência, e imitação é prova de dependência. Mas o louvor bíblico não tem nada com os arrogantes e os independentes. Se você insiste em tornar o louvor em algo sobre “se expressar”, você vai se sentir mais à vontade com o Bezerro de Ouro do que com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Afinal, o Bezerro de Ouro era uma imagem com que Israel estava familiarizada, uma “expressão de adoração” que eles conheciam, e que fazia sentido para eles. Você não pode moldar YAWEH à sua imagem; você é moldado à imagem dEle, e isso é o porquê de haver uma “maneira correta” de adorá-Lo. É necessária alguma humildade para dizer “eu realmente não sei como adorar”. É necessária alguma humildade para pedir, como os discípulos fizeram, “Senhor, ensina-nos a orar”. E então ouvir as palavras do Pai Nosso e deixar que essas palavras moldem a linguagem da nossa oração. Nós podemos orar nossas próprias orações e escrever nossas próprias músicas? Claro. Mas faríamos bem se deixássemos a nossa linguagem ser moldada primeiro pelos Salmos e pelas Escrituras.

Quando crianças, aprendemos a falar por ouvir. Nossa mãe ou nosso pai falam “bola”, e nós vemos sua boca se mexer e tentamos repetir. Aí falamos junto com eles. Logo, estamos falando por conta própria. Mas não “com as nossas próprias palavras”. Isso seria bobagem. Nós falamos as palavras que falaram para nós. Assim, no louvor e na oração: fale, cante e ore a Palavra que lhe foi falada. Ou, como Paulo escreveu, “habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração.” Colossenses 3.16

Autor: Glenn Packiam

Traduzido por Filipe Schulz / Fonte: iPródigo.com

22 de fevereiro de 2011

O Lugar Mais Difícil do Mundo para Orar!!!!

É provável que a sociedade em que vivemos seja o lugar mais difícil do mundo para se aprender a orar. Vivemos tão ocupados que, quando paramos para orar, fi camos pouco à vontade. Valorizamos muito a atitude de fazer, realizar coisas. Orar, porém, nada mais é do que falar com Deus. Parece futilidade, perda de tempo, pois cada músculo do nosso corpo clama: “Vá trabalhar”.

Quando não estamos trabalhando, estamos nos divertindo. A televisão, a Internet, os videogames e o telefone celular ocupam as horas de folga tanto quanto o trabalho. Quando diminuímos o ritmo, caímos na apatia. Esgotados pela correria, ficamos largados em frente da televisão ou nos isolamos com nossos fones de ouvido.

Se tentamos nos aquietar, somos atacados pelo que C. S. Lewis chamou de “o Reino da Barulheira”. Ouvimos barulho por todos os cantos. Se não fazem barulho à nossa volta, carregamos conosco nosso próprio barulho em um iPod. Até os cultos das igrejas chegam a sofrer dessa mesma agitação incansável. Há pouca chance de fi carmos em quietude na presença de Deus. Desejamos tudo a que temos direito e, com isso, as coisas precisam estar sempre acontecendo. O silêncio é algo que nos incomoda.

Um dos obstáculos mais sutis à oração é provavelmente o mais comum. Na sociedade em geral e também na igreja, valorizamos o preparo intelectual, a competência e a riqueza. Como achamos que podemos viver sem Deus, orar é considerado algo bom, mas desnecessário. O dinheiro consegue o mesmo que a oração, só que de modo mais rápido e em menos tempo. A confi ança que temos em nós mesmos e em nossas habilidades nos torna essencialmente independentes de Deus. O resultado disso é que exortar as pessoas a orar é algo que não surte muito efeito.

Fonte: Cinco Solas

21 de fevereiro de 2011

As Muitas e as Poucas

Tim Challies

No último fim de semana, passei algum tempo refletindo sobre um par de livros (aparentemente) aleatório: Cristianismo sem Cristo, de Michael Horton, e Celebrando uma vida com propósitos: a história fascinante da data mais importante do ano (no original, The Purpose of Christmas – O propósito do Natal), de Rick Warren. Eles são, de muitas formas, livros que tratam a mesma questão por ângulos opostos.

Por todo seu livro, Horton enfatiza a importância e a transcendência da mensagem do evangelho – a pura e imaculada simplicidade do evangelho. Warren, por outro lado, obscurece a mensagem ao falar de propósitos e generalizações apressadas sobre a natureza do relacionamento de alguém com Deus (contudo, ainda bem, o cerne da mensagem do evangelho está presente, apesar do obscurecimento). Nos últimos dias tenho refletido muito sobre a mensagem do evangelho e me perguntado o porquê dessa mensagem ser tão impopular mesmo nas igrejas cristãs e entre os autores cristãos. Por que um escritor ou um pastor buscariam abrandar essa mensagem?

Penso que esse mistério não é muito grande. Os incrédulos odeiam a mensagem do evangelho porque ela insiste em coisas que são verdade sobre eles e eles simplesmente não querem acreditar nisso. O evangelho insiste em coisas que são verdadeiras e eles são incapazes de crer nele. A mensagem do evangelho nos diz que somos pecadores. Muitas pessoas conseguem entender essa informação; somente alguém incrivelmente desonesto e delirante poderia fingir que nunca fez nada de errado. A mensagem do evangelho nos diz que, em última análise, não pecamos contra os outros ou contra nós mesmos, mas contra Deus. Isso é mais difícil de digerir. Poucos de nós nos importamos com o pensamento de que pecamos contra o Criador do universo. O evangelho continua e nos diz que nosso pecado contra Deus o ofendeu e o encheu de ira contra nós. Menos pessoas ainda conseguem digerir e aceitar essa informação. Pouquíssimas pessoas conseguem acreditar que Deus é justificado em sua ira perante aqueles que transgridem as suas leis. Mas o evangelho atinge o ponto máximo da ofensa quando nos diz que somos completamente incapazes de fazer qualquer coisa a respeito disso tudo. Nenhuma de nossas ações, por mais nobres e boas que sejam, são capazes de diminuir uma lasca do débito que temos com Deus. Mais ainda, nenhum de nós buscaria qualquer tipo de reconciliação com Deus se não fosse pela ação proativa dele em nossos corações. Nós todos, do fundo do nosso coração, odiamos Deus. Sem a graça de Deus, não temos qualquer esperança.

Isso é uma notícia muito ruim. E é por isso que tantas igrejas buscam amenizar essas notícias. É melhor, pensam elas, receber as muitas pessoas que aceitarão uma mensagem mais branda do que as poucas que aceitarão uma mensagem tão dura. Então elas alteram a mensagem, aparando algumas arestas. Sim, nós pecamos, mas vamos ver isso apenas como fazer algo de errado ou cometer um erro. E apesar de Deus estar ciente desses erros, ele está disposto a deixar passar esse tipo de ofensa. Que tipo de Pai ele seria, afinal, se insistisse que devemos enfrentar a condenação eterna por alguns errinhos? Assim, a mensagem é diluída até se tornar um mingau para bebês, ralo e sem gosto. Após anunciar essas notícias não tão ruins, esses pastores e escritores oferecem as boas novas. Se você se voltar para Deus, você terá a sua melhor vida possível agora. Ele vai te abençoar ricamente, te dando todas as coisas que você quer e precisa. Ele vai fazer a sua vida melhor e a promessa de uma recompensa no céu, onde você estará novamente com as pessoas e as coisas que eram tão queridas aqui na terra.

Há, é claro, uma relação direta entre a fraqueza das más notícias com a fraqueza das boas notícias. Quanto mais fracas as más notícias, mais fraca será a comparação com as más notícias. Quanto pior o pior, melhor o melhor (e eu peço desculpas aos meus professores de Gramática por essa frase)! Quando entendemos – realmente entendemos – a precariedade da nossa posição; quando entendemos o quanto ofendemos a Deus e o quanto nós merecemos justamente a sua ira, as boas novas se tornam muito mais agradáveis. Vai-se a visão antropocêntrica dos benefícios da salvação e em seu lugar surge um entendimento de que o maior benefício da salvação é o próprio Cristo! Rick Warren apresenta os benefícios da reconciliação com Deus primariamente em termos de benefícios pessoais. “Envoltos por Jesus estão todos os benefícios e bênçãos citados nesse livro – e muito mais! Em Jesus, seu passado é perdoado, você recebe um motivo para viver e ganha um lar no céu.” Todas essas coisas são maravilhosas, mas elas nem se comparam ao próprio Cristo. John Piper diz muito bem sobre isso. “A questão crítica da nossa geração – e de qualquer geração – é essa: Se você pudesse ir para o céu, um lugar sem doenças, com todos os seus amigos que você tinha na terra, toda a comida que você gostava, todas as atividades de lazer que você gostava, todas as belezas naturais que você já viu, todos os prazeres físicos que você já experimentou e nenhum conflito humano ou desastre natural, você seria feliz nesse céu, se Cristo não estivesse lá?”.

Boas notícias só são boas em relação ao que é ruim. Se nós amenizamos as más notícias, necessariamente estamos amenizando as boas notícias. Nosso dever não é analisar as notícias as quais somos chamados para anunciar ao mundo. Fidelidade a Deus requer fidelidade à mensagem – à mensagem completa. Não ousemos amenizar as más notícias; não ousemos amenizar o escândalo da cruz. Pelo contrário, preguemos a mensagem fiel e completamente, deixando as pessoas verem primeiro a profundidade do seu débito para com Deus, e então o inestimável valor e beleza de Cristo.


Traduzido por Filipe Schulz / Fonte: iPródigo.com

20 de fevereiro de 2011

Aflição Proveitosa!!!!


Spurgeon
"eu te afligi, mas não te afligirei mais" Naum 1:12

Existe um limite para aflição. Deus a envia e Deus a tira. Por acaso você suspira e diz: "quando acabará"? Lembre que nossas angustias acabarão total e certamente quando essa pobre vida terrena termine. Esperemos em silêncio, e acatemos pacientemente a vontade de Deus até que Ele venha.

Enquanto isso, nosso Pai no céu retirará a vara quando Seu desígnio em usar ela esteja plenamente cumprido. Quando Ele tenha açoitado nossa nesciedade, não fará mais golpes. Ou, se a aflição for enviada para provar-nos, para que nossas graças glorifiquem a Deus, acabará quando o Senhor nos tenha conduzido a dar testemunho para Seu louvor. Não queremos que a aflição se vá enquanto Deus não tenha extraido ainda todo a honra que possamos render-lhe.

Hoje poderia haver "uma grande bonança". Quem poderia saber quando essas furiosas ondas darão lugar a um mar de cristal, e então os pássaros marinhos pousem sobres as delicadas ondas? Depois de uma longa tribulação o flagelo é suspenso e o trigo descansa no granel. Poderíamos, antes de que passem muitas horas, sermos tão felizes como nesse momento estamos tristes. Para o Senhor, não é difícil converter a noite em dia. Ele, que manda as nuvens, pode com igual facilidade limpar os céus. Tenhamos bom ânimo. O futuro será melhor que o passado. Cantemos Aleluias antecipadamente.


FONTE: Projeto Spurgeon

17 de fevereiro de 2011

Por que o Facebook ( e sua igreja) podem estar te deixando triste


Russell D. Moore

Fomos avisados que mídia social pode nos distrair, diminuir nossa atenção, nos desligar de relacionamentos da vida real. Agora um novo estudo sugere que o Facebook também pode tornar-nos infelizes. Eu suspeito que há alguma medida de razão nisto, e não é apenas sobre o Facebook. Trata-se de nossas igrejas.

A revista Slate cita um artigo em uma revista de psicologia social que iniciava com uma observação sobre como os estudantes universitários se sentiam mais desanimados após fazerem logon no Facebook. Havia algo que os entristecia ao “percorrer outros perfis e fotos legais, biografias vencedoras, e atualizações de status.” Os alunos tiveram o humor obscurecido porque acreditavam que todo mundo era mais feliz que eles.

A jornalista Libby Copeland especula que o Facebook pode “ter um poder especial de nos fazer mais tristes e solitários.” Como pode acontecer isso, no entanto, quando o Facebook geralmente é assim… bem, feliz, cheio de rostos sorridentes e famílias bonitas? Bom, esse é justamente o ponto.

“Ao apresentar a parte mais espirituosa, alegre de vidas tão bonitas, e convidar as pessoas a constantes comparações em que tendemos a nos ver como os perdedores, o Facebook parece explorar o calcanhar de Aquiles da natureza humana”, escreve Copeland. “E as mulheres, um grupo especialmente infeliz, podem tornar-se especialmente vulneráveis ao se informarem sobre o que imaginam ser a felicidade dos vizinhos.”

Sim, Copeland escreve, o Facebook pode registrar crianças bonitinhas e momentos agradáveis, mas isso nunca é o todo, ou mesmo a maior parte, da história de vida de qualquer pessoa. “Lágrimas e acessos de raiva raramente são registrados, nem os surtos de maluquices”, escreve ela.

Agora, em um sentido, quero falar com quem realmente se preocupa com o Facebook. Se você é aquele que se compara aos outros, desligue a tela do computador e faça uma desintoxicação do brilho azul dela. Mas ao mesmo tempo, me parece, o mesmo fenômeno está presente nos bancos de nossas igrejas cristãs.

Nossos “bem sucedidos” pastores e líderes sabem sorrir. Alguns deles fizeram escovinhas e usam abotuaduras, outros são grunges e usam cabelo bagunçado. Mas eles estão aqui para nos “empolgar” sobre “o que Deus está fazendo em nossa igreja.”

Nossas músicas de adoração são tipicamente celebrativas, tanto nas letras quanto na expressão musical. Na última geração, uma canção triste sobre a crucificação foi animada com um coro bem alegre: “Foi ali pela fé que um dia eu vi, e agora estou feliz o dia todo!”

Este não é apenas um problema da grande geração reavivalista. Mesmo as músicas de adoração contemporâneas que vêm diretamente dos Salmos tendem a se concentrar em salmos de crescimento ou de exuberância alegre, não salmos de lamento (e certamente não em salmos imprecatórios!).

Podemos facilmente cantar com o profeta Jeremias: “grande é a tua fidelidade” (Lm 3:23). Mas quem pode se imaginar cantando, na igreja, com Jeremias: “Cobriste-te de ira, e nos perseguiste; mataste, não perdoaste. Cobriste-te de nuvens, para que não passe a nossa oração. Como escória e refugo nos puseste no meio dos povos.”(Lm 3:43-45).

Essa sensação de jovialidade forçada é visto nas “liturgias” ad hoc¹ da maioria das igrejas evangélicas na saudação e na despedida. Ao começar o culto temos um pastor sorrindo ou um líder de louvor empolgado: “É ótimo ver você hoje!” Ou “Estamos felizes por você estar aqui!”. Ao terminar o culto o mesmo semblante sorridente e cheio de dentes diz: “Vejo vocês no próximo domingo! Tenham uma ótima semana!”

Claro que teremos. O que mais poderíamos fazer? Estamos alegres no Senhor, não estamos? Queremos incentivar as pessoas, não é? E, no entanto, o que estamos tentando fazer não está funcionando, mesmo nos termos que estabelecemos para nós mesmos. Suspeito que muitas pessoas em nossos bancos olham ao redor e acham que os outros têm a felicidade que continuamos prometemos, e se perguntam por que ela passou por elas sem avisar.

Ao não falar, quando a Bíblia fala, sobre toda a gama de emoções humanas, incluindo a solidão, a culpa, a desolação, raiva, medo, desespero, apenas deixamos o nosso povo perguntando por que eles simplesmente não podem ser “cristãos” o suficiente para, afinal de contas, sorrir.

O evangelho fala uma “língua” diferente, no entanto. Jesus diz: “Felizes os que choram, porque serão consolados” (Mt 5:4). No reino, recebemos o conforto de uma forma muito diferente do que somos ensinados em nossa cultura. Recebemos o conforto não por, de um lado, chorar por nossos direitos ou, por outro lado, fingir nossa felicidade. Somos consolados quando vemos o nosso pecado, nossa fragilidade, nossa situação desesperadora, e lamentamos, choramos, clamamos por libertação.

É por isso que Tiago, irmão de nosso Senhor, parece tão fora de sintonia com o ethos contemporâneo evangélico. “Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai”, ele escreve. “Converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza” (Tiago 4.9). O que aconteceria a um líder de igreja que terminasse o culto dizendo ao seu povo: “Tenha um dia infeliz!” Ou “Espero que todos chorem bastante esta semana!” Soaria como louco. Jesus sempre parece louco para nós, à primeira vista (Jo 7.15, 20).

Ninguém é tão feliz quanto parece no Facebook. E ninguém é tão “espiritual” quanto parece com o que julgamos como “espiritual” o bastante para o culto cristão. Talvez o que precisamos em nossas igrejas são mais lágrimas, mais falhas, mais confissão de pecados, mais orações de desespero que são profundas demais para palavras.

Talvez, então, os solitários, culpados e os desesperados entre nós verão que o evangelho não chegou para o feliz, mas para os contritos de coração, não para o saudável, mas para o doente, não para os achados, mas para os perdidos.

Portanto, não se preocupe com as pessoas felizes e deslumbrantes do Facebook. Elas precisam de conforto e libertação tanto quanto você. E, mais importante, vamos deixar de ser essas pessoas felizes e deslumbrantes quando nos reunimos em adoração. Não tenhamos vergonha de gritar de alegria e não tenhamos vergonha de chorar de tristeza. Vamos nos educar, não para fazer publicidade, mas, para a oração, por arrependimento e por alegria.

Tenha um dia infeliz (e um abençoado também).

¹ Ad hoc = que tem uma finalidade especifica


Tradução: Rafael Bello / Fonte: iprodigo.com

14 de fevereiro de 2011

Declarações de amor para Deus

Bob Kauflin

Alguém criou a expressão “músicas ‘Deus é minha namorada’” para descrever as letras contemporâneas que expressam o amor a Deus com palavras que, por natureza, são românticas. Elas incluem frases como “abraça-me”, “deixe-me sentir seu toque”, etc. Embora essa não seja a primeira vez na história em que cânticos congregacionais foram rotulados como sensuais (John Wesley tinha alguns problemas com as letras de Charles Wesley, às vezes), essa é uma questão que ainda precisa de esclarecimento.

Por que alguém escreve músicas que podem ser cantadas tanto para Deus quanto para um amante humano? As razões variam. Talvez o compositor seja simplesmente um péssimo letrista que não conhece nada melhor. Pode ser uma tentativa de alargar os limites do lirismo poético. Também poderia ser uma tentativa de escrever canções “intercambiáveis” que são aplicáveis a contextos cristãos ou seculares. O problema é que nosso relacionamento com Deus é um pouco diferente (você poderia dizer infinitamente?) de nossos relacionamentos com os outros.

Outro grupo baseia seu uso do imaginário romântico em Cântico dos Cânticos – “Deixe-me conhecer os beijos de tua boca, deixe-me sentir teu abraço”¹. Entretanto, não há qualquer indicação fora de Cantares de que Deus deseja que cantássemos individualmente palavras como essas a nosso Deus e Salvador. (Para uma interpretação mais literal de Cântico dos Cânticos como uma celebração do romance matrimonial, sugiro que você leia Sexo, Romance e a Glória de Deus, de C.J. Mahaney).

Fiquei feliz de pegar a última edição da revista Worship Leader e descobrir que Matt Redman tratou esse mesmo tópico em um artigo chamado “Beije-me?”. Ele procurar responder a pergunta: “figuras românticas são apropriadas para as expressões congregacionais de adoração?”.

Como esperado, os pensamentos de Matt são humildes, claros, uteis e, mais importante, bíblicos. Ele compartilha a experiência de escutar o um CD de músicas de louvor próximo a um não-cristão.

Outro dia estava ouvindo um disco de louvor (que não identificarei!) bem alto – dentro do alcance do homem que limpa minhas janelas. Achei que talvez fizesse algum bem para ele ouvir algumas músicas de adoração. O que não percebi é que uma das músicas continha uma sequência de letras que pareciam românticas. Ao procurar o mais rápido possível o botão de pausa, percebi algo. Eu não estava com vergonha de Jesus, mas não estava nem um por cento convencido da maneira como, alguma vezes, nos aproximamos dEle. William Barclay tem uma opinião bem forte sobre isso: “o Novo Testamento jamais corre o menor risco de sentimentalizar a ideia de Deus”².

O potencial para o evangelismo o encorajou até que surgiu uma música com uma sequência de letras românticas. Ao pausar a música, Matt percebeu: “eu não estava com vergonha de Jesus, mas não estava nem um por cento convencido da maneira como nos aproximamos dEle”. Em seguida, ele acrescenta: “Algumas vezes, dentro das paredes da igreja, caímos no hábito de dizer ou fazer coisas que nunca faríamos se estivéssemos realmente em contato com o mundo. E, na verdade, isso é apenas um ponto secundário. O principal é se estamos ou não escrevendo e escolhendo músicas que são um eco verdadeiro do padrão da Escritura”.

Como a maioria das coisas, discernimento é mais sábio que simplesmente banir o uso de certas palavras como “belo” ou “abraçar”. Entretanto, cantar ou escrever palavras a Deus porque elas “expressam meus sentimentos” mostra-se um padrão ilusório. Deus importa-se com as palavras que usamos quando nos aproximamos dEle, e nossas palavras devem ser “um eco verdadeiro do padrão da Escritura”. Relacionamos-nos com Deus da maneira que Ele se revelou a nós ou de uma maneira que nossa cultura acha confortável? Nossas músicas descrevem Deus como Ele é ou procuram fazê-lo mais parecido conosco?

Encontramos o equilíbrio entre transcendência e imanência em Isaías 54.5: Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra”. Esse verso nos mostra que, em nosso desejo de celebrar como Deus nos trouxe para perto por meio da cruz, nunca podemos nos esquecer de que Ele continua exaltado acima de toda criação. Ele não é nossa namorada; Ele é nosso Deus. Nossas canções nunca deveriam ser vagas sobre essa diferença. Como Matt nos lembra, “precisamos constantemente refletir nas maneiras em que nos dirigimos a nosso maravilhoso Deus”. Porque Ele realmente é maravilhoso.

¹ Música do compositor David Ruis. No original, “Let me know the kisses of your mouth, let me feel your embrace.”
² Esse trecho do Matt Redman não estava na versão original do texto de Bob Kauflin (por isso há até uma certa repetição nesse post). Incluí aqui para entendermos melhor o contexto da situação narrada. Você pode ler o artigo de Matt (em inglês) aqui.

Traduzido por Josaías Jr. / Fonte: iPródigo

10 de fevereiro de 2011

Não Haverá mais Lágrimas - Devocional - Spurgeon


Spurgeon
Banco da Fé
28 de janeiro

"E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima" Apocalipse 21:4

Sim, chegaremos nisso se somos crentes. A tristeza acabará, e as lágrimas serão limpas. Esse é um mundo de pranto, porem passará. Haverá um novo céu, e uma nova terra, segundo o que diz no primeiro versículo desse capítulo -, e portanto, não existirá nenhum motivo de choro em relação a queda e suas consequentes misérias. Leiam o segundo versículo, e notem como diz da esposa e de suas bodas. As bodas do Cordeiro são um tempo para um prazer sem limites, e as lágrimas não terão lugar.

O terceiro versículo fala que o próprio Deus morará entre os homens; e certamente a Sua direita há prazeres sem fim, e as lágrimas não correm mais.

O que será de nosso estado quando não haja mais tristeza, nem pranto, nem dor? Isso será mais glorioso do que jamais possamos imaginar. 
 
Ah, olhos vermelhos de tanto chorar, detenham seu fluxo abrasador, pois dentro de mais um pouco já não conhecerão mais as lágrimas! Ninguém pode enxugar as lágrimas como o Deus de amor, e Ele vêm para fazer-lo."O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã." Vem, Senhor, e não espere; pois agora tanto os homens como as mulheres devem chorar!


FONTE: Talonário de Cheques do Banco da Fé
trad. Projeto Spurgeon

Um tipo diferente de fariseu


Cresci em um ambiente legalista e rígido, que dava muito valor à aparência externa – como você se veste, o que você disse, o que você escutou, etc. Eu tinha três ternos para ir à igreja (3 vezes por semana) para vestir o meu melhor para Deus. Eu não tive uma televisão na maior parte da minha infância, por causa da “influência do mundo”. E ouvia apenas música cristã bem conservadora, porque me ensinaram que todas as outras músicas me afastariam de Deus.

Resumindo: eu era um bom fariseuzinho.

Abandonando minha religião

Com vinte e poucos anos, lentamente passei a fugir das armadilhas do legalismo. Comecei a ver que Deus era muito maior que a caixinha em que eu O havia confinado. Comecei a experimentar a alegria da liberdade e da graça, e me permita dizer: foi maravilhoso!

Eu troquei meus ternos e gravatas por camisas de rock e jeans rasgado.

Eu assisti a alguns filmes. Eu nunca pude vê-los enquanto crescia.

Eu troquei meus hinos por algo com mais batida e guitarra.

Eu percebi que Deus estava mais preocupado sobre meu coração que sobre como eu me apresento exteriormente. Ele queria um relacionamento, não religião.

Quanto mais eu começava a experimentar a graça de Deus, mais reagia e me afastava do legalismo em que cresci. Eu não queria nada mais com a subcultura cristã de “camisetas cristãs” e adesivos bregas de para-choque. Comecei a rir um pouco disso… eu usava uma camisa que estampava simplesmente “CAMISETA CRISTÔ (tenho que admitir, ainda é uma das minhas camisas favoritas).

Decidi que, se algum dia eu plantasse uma igreja, “Autenticidade” estaria no topo dos nosso valores fundamentais, pois se você não está sendo autêntico, você é um “deles”. E por “eles”, quero dizer as pessoas que vão à igreja todo domingo usando ternos enquanto ligam a rádio cristã em seus carros com adesivos de para-choque cristãos.

Tenho visitado igrejas nos últimos anos e escolhido meu guarda-roupa somente para “testar as águas”. Meu jeans e camiseta esburacados terão uma reação? Queria ter uma tatuagem para mostrar… o que eles pensariam disso? Embora eu talvez não expressasse minhas intenções tão descaradamente se me perguntassem, as atitudes estavam definitivamente sob a superfície.

Caindo na real

Então, há algumas semanas, estávamos visitando uma igreja (eu estava vestindo jeans e camiseta, claro) em que a mensagem era sobre fariseus contemporâneos. Eu seguia tudo o que era dito, porque se havia uma coisa que eu não podia suportar era alguém que tenta vestir, falar e agir de uma certa maneira para provar seu relacionamento com Deus.

E então o pastor disse algo que me atingiu como uma tonelada de tijolos:

“Deus não está mais impressionado com nossas camisetas que com nossas gravatas”.

Espere um pouco: ele realmente quis dizer “Deus não está mais impressionado com nossas gravatas que com nossas camisetas”, certo? Afinal, eu estou vestindo uma camiseta na igreja, o que prova quão autêntico eu sou…

Oh.

Sem perceber, eu tinha trocado uma forma de hipocrisia por outra mais nova e legal. Desenvolvi uma autenticidade autojustificadora que me levou a rebaixar alguém que vestisse ternos ou cantasse hinos. Minha fé era mais real, mais “autêntica” que a deles.

Eu era apenas um tipo diferente de fariseu.

Eu tinha caído na mesma armadilha de que tentei fugir por tantos anos – comecei a agir como se Deus, de alguma forma, se impressionasse com o quão “autêntico” eu era exteriormente.

“Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura… porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.” (1 Samuel 16.7)

Autenticidade é uma coisa engraçada. Deus a deseja, mas Ele não precisa dela. Ele já nos conhece interiormente. Não podemos guardar segredos de Deus. Autenticidade é mais sobre como agimos em relação aos outros. É importante ser “verdadeiro” com os outros, mas se não formos cuidadosos, nossa autenticidade pode tornar-se um distintivo que carregamos. Deus odeia máscaras… mas ele também odeia distintivos.

Não deixe sua calça hipster, suas bandas de louvor atuais ou Bíblia no iPhone te ludibriarem a pensar que você é de alguma forma mais perto de Deus que o cara de terno sentado no banco.

Talvez isso seja apenas algo que tive de combater. Mas, se alguma coisas dessas ressoam em você também, então minha oração é que possamos arrancar toda “autenticidade” farisaica que obstrui um relacionamento genuíno com Deus.

Autor: Brad Ruggles

Fonte: iPródigo/Traduzido por Josaías Jr

2 de fevereiro de 2011

Canções Evangélicas que não consigo cantar




O surgimento da denominada música gospel nos fez esquecer de algumas canções extremamente relevantes. Por acaso, você já se deu conta que em nossas igrejas não cantamos mais sobre o céu, sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, sobre a graça imerecida, sobre conversão, sobre perdão de pecados, e outros temas mais? Pois é, lamentavelmente, ao contrário disto, nossa hinologia está repleta de expressões simplistas, onde temas como chuva, milagres, bênçãos, vitória e prosperidade se fazem presentes.

Há pouco ouvi uma canção, do Ministério de música "Toque no Altar" que dizia:

"Onde era tristeza se verá
A dupla honra me ornar
Com boas novas proclamar-lhe
Uma nova história celebrar
É chegada a minha hora
Meu silêncio já acabou
Ouça o som da minha grande festa
Eu vou Viver uma virada
Em minha vida, eu creio
Eu vou viver uma virada
O que eu achava estar perdido
E tinha desistido de sonhar
Meu Deus já decretou este é o meu dia
Minha virada festejar"

Caro leitor, repare que a canção em questão é extremamente antropocêntrica, cujo objetivo final é promover a satisfação do cliente. Se não bastasse isso, o ministério em questão é expert no assunto de criar canções cujo foco PRINCIPAL é o prazer do homem. Um exemplo claro disso, é a música “restitui” onde a ênfase primordial encontra-se no realização pessoal através da ação de um Deus cujo atributo principal é obedecer as ordens de seus filhos.

Ah! Que saudade da boa música, ministrada, cantada, com unção, cujo interesse era simplesmente engrandecer o nome de Deus! Que saudade, do louvor apaixonado, que brotava do peito dos adoradores como um grito de paixão e amor.

Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso Deus nos reconduza a sala do trono e que lá possamos adorá-lo integralmente entendendo assim, que a glória, o louvor, a soberania pertence exclusivamente a Ele.

Pense nisso!